Iniciada a campanha eleitoral, o Jornal Correio de Notícias
abre espaço para todos os candidatos a prefeito de Vilhena e do Cone Sul do Estado
que queiram apresentar suas propostas e estratégias de gestão. Respaldado com
fundamentos estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), este veículo
publicará as matérias de cunho meramente informativa para que o eleitor tenha
ao seu alcance mais uma ferramenta de informação, sem a intenção de favorecer
ou prejudicar quem quer que seja. Portanto, os materiais serão elaborados de
maneira equilibrada e razoável, sem exageros que levem à desigualdade entre os
candidatos, conforme rege o contexto exposto em lei.
O primeiro a conceder entrevista é o candidato, Cesar
Stefanes (PTB), que pertence à coligação formada pelo PSDC, PTB, PRTB, PMDB e
PSL. O nome de Stefanes foi definido em função da impossibilidade do
ex-prefeito Melki Donadon de registrar candidatura por força da aplicação da
Lei da Ficha Limpa. Jandir Ferreira (PMDB) foi confirmado como candidato a
vice-prefeito, cargo que já ocupou em duas oportunidades.
Stefanes relatou os pontos principais de seu Plano de
governo
JCN: Cesar, há quanto tempo você está envolvido com a
política?
Stefanes: Eu participo ativamente da política desde 1994
quando comecei a assessorar o Marcos Antônio Donadon. Iniciei fazendo
assessoria na Assembléia Legislativa, depois presidi a Associação, Marcos
Donadon, onde eu executava a parte técnica, depois fui convidado a coordenar o
Programa do governo federal, Terra Legal. A minha participação nesse programa
foi de fundamental importância, mas precisei sair para assumir a candidatura.
JCN: Desde quando você começou a ser cogitado ao pleito
municipal?
Stefanes: Eu já sabia que um dia ia chegar o meu momento.
Realmente eu não esperava que seria tão rápido.
JCN: Como você recebeu a informação?
Stefanes: Eu nem estava aqui, quando fui surpreendido com
uma ligação do Melki me pedindo para vir pra Vilhena porque eu seria o
candidato a prefeito. Para mim, é uma alegria, lembrando que a minha filosofia
política, não é a busca para satisfazer o meu ego e sim a sociedade no geral.
JCN: Pelo fato de você ter convivido tanto tempo com os
Donadons, isso influencia no seu perfil político?
Stefanes: Sim. A proposta é a mesma, mas eu não quero copiar
nada de ninguém. Cada um tem a sua maneira de pensar e expor seus objetivos e
metas, de acordo com sua capacidade e limitações. Tanto é que eu mesmo elaborei o meu plano
de governo. A partir de um levantamento quanto aos problemas encontrados hoje
em Vilhena criei esse projeto.
JCN: Quais seriam esses problemas?
Stefanes: Posso enumerar muitos, dentre eles, economia,
saúde, educação, laser, agricultura, segurança pública, enfim todas essas áreas
e muitas outras. Tenho métodos estratégicos para trabalhar em cada uma delas.
JCN: Diante disso, quanto ao comércio, qual é sua estratégia
para fomentar a economia local?
Stefanes: Hoje se vê em Vilhena muitas placas de vende-se,
aluga-se, comércios fechando, pessoas se queixando do giro comercial, entre
muitos outros problemas. A minha proposta para resolver esse impasse é a
geração de empregos. Do meu lado está o Jandir que já trouxe grandes empresas
para Vilhena, como a Gazin, a Jhon Dier, Friboi e com a ajuda dele daremos
continuidade no trabalho a fim de trazer novas indústrias divulgando as
potencialidades locais. A nosso favor, para atrair essas indústrias, temos
Vilhena como uma cidade pólo que possui um ponto estratégico e precisa apenas
ser bem divulgada para grandes empresários lá fora. Outro grande negócio que
merece ser resgatado trata do manejo de madeira.Vamos buscar também parcerias
com órgão como o SENAI e SENAC para capacitação profissional. Esses são alguns
exemplos que servirão como base para aquecer o comércio vilhenense.
JCN: Em relação ao saneamento básico, qual é seu objetivo?
Stefanes: Se fala muito em saneamento em Vilhena até porque
existe um prazo a ser cumprido, tanto é que existe já um projeto, mas considero
o andamento lento demais. Além disso, o trabalho deve ser feito em conjunto
como: a drenagem e a instalação de rede de esgoto. Existem duas saídas para
esse trabalho fluir: o primeiro seria uma parceria através do PAC que é
programa do governo que tem como prioridade investir também nesse aspecto. O
segundo é menos provável, mas poderíamos, através de audiência e reuniões,
buscar parcerias públicas privadas, colocando em discussão o tema.
JCN: A área do turismo em Vilhena é pouco explorada, como
você mudaria esse quadro?
Stefanes: Vilhena possui características relevantes que
favorecem ser um pólo turístico, por exemplo, o clima, a arquitetura, entre
outras. Temos pontos que merecem mais atenção, como a Casa de Rondon, que
pertence ao exército. Vilhena poderia ter um marco, algo que fosse o cartão
postal, assim como Nova Yorque possui a estátua da liberdade. É apenas uma
analogia, claro, teríamos que pensar em algo que tenha a ver com a identidade
de Vilhena. Outra ideia se refere a um projeto para a recuperação da nascente
do Barão do Melgaço. O ideal é criar nesse espaço um parque com pista de
caminhada, com área para shows, festas, enfim construir um espaço para o povo
aproveitar mais a natureza e se divertir. Estimo causar um choque nessa área
explorando o paisagismo.
JCN: Qual a sua proposta no que tange a educação de Vilhena?
Stefanes: Minha meta principal é zerar o analfabetismo.
Quero construir mais escolas, creches em tempo integral, visando favorecer quem
trabalha e levar um ensino de qualidade. Sou muito preocupado com a formação da
criança. A base da educação é primordial para a construção do saber. Quero aproveitar
essa fase para tratar temas que de fato venham formar um cidadão responsável,
de modo que este aprenda seus direitos e deveres, mas de uma maneira mais
eficaz. Um método seria implantar campanhas de cunho pedagógico-educacional
sobre trânsito, saúde, comportamento ético, entre outros assuntos que não são
tão destacados na educação atual. Quero incentivar também na participação dos
pais que tem um importante papel para o desenvolvimento escolar da criança e do
adolescente. Outro projeto que tenho chama-se Negócio, Educação e Saúde, no
qual pretendo unir três caminhos que têm tudo a ver. A ideia é trazer uma
faculdade de medicina e anexa a ela construir um hospital universitário. Isso
resolveria parte dos problemas de saúde e fomentaria o comércio e contribuiria
de forma significativa para formar novos profissionais da área.
JCN: Por falar em saúde, como você avalia a situação da
saúde pública em Vilhena e o que você faria para melhorá-la?
Stefanes: A saúde em qualquer parte do Brasil é um desafio
para o gestor. A situação é complicada
em todo lugar. Uma forma de melhorar não só a saúde, mas outras áreas também
seria uma verdadeira reforma administrativa: O primeiro procedimento é cortar
em 50% o número de cargos comissionados. Só ai haveria uma economia imensa o
que oportuniza a contratação de mais funcionários. Outra medida é discutir com
os funcionários sobre a situação e oferecer capacitação em serviço. O mau
atendimento se dá não por culpa do servidor e sim por não ser oferecido a ele
condições de trabalho de maneira humanizada. Outro aspecto é a saúde
preventiva. Existem muitas formas de desenvolver trabalhos para que o cidadão
possa se prevenir de males futuros.
JCN: Quanto à segurança pública, qual sua proposta?
Stefanes: A iluminação pública é um dos fatores que agravam
os índices de violência, por isso precisa ser reparada. É preciso em Vilhena, a
implantação da guarda-municipal, é preciso também melhorar o efetivo de
segurança através de parcerias com os órgãos competentes, como Polícias Civil,
Militar, Federal, Corpo de Bombeiros, etc.
JCN: A agricultura é uma das grandes potencialidades do
município, o que é necessário para fomentar ainda mais essa área?
Stefanes: Considerando que essas potencialidades já fazem
parte da identidade de Vilhena, sendo ela reconhecida como a cidade do
agronegócio, o que precisa de imediato é a divulgação desses índices
favoráveis, a fim de que nossas terras sejam mais valorizadas e atraia
investidores. Quanto à agricultura familiar, existe o PAA – Programa de Aquisição
de Alimentos que promove a inclusão social e econômica no campo por meio do
fortalecimento da agricultura familiar contribuindo para a participação do
pequeno produtor no mercado institucional de alimentos, com preços mais justos.
O Programa propicia a aquisição de alimentos de agricultores familiares, com
isenção de licitação, a preços compatíveis aos praticados nos mercados. Por
meio de convênio junto a essa iniciativa do governo federal, sem dúvida o homem
do campo seria mais valorizado.
JCN: O que você faria para incentivar o esporte local?
Stefanes: O esporte deve ser usado como uma forma de
incentivar a educação. São caminhos que devem andar lado a lado. Uma maneira
prática de estimular o gosto pelo esporte é levar campeonatos aos bairros da
cidade com várias modalidades esportivas.
Investir nos talentos locais também é nossa meta, além de firmar
convênios a nível de estado e nacionalmente, de modo que os atletas vilhenenses
possam participar. Outro grande sonho meu, o qual nãoconsidero inviável, é a
construção de uma vila olímpica. Sem dúvida um projeto bem elaborado com
fundamentos precisos, aliados à persistência na busca de recursos tornaria
possível a concretização desse sonho.
JCN: Qual seria a essência da sua forma de gestão?
Stefanes: Um governo eficiente, moderno, transparente e
democrático.
JCN: Qual é o Slogan que sua coligação traz?
Stefanes: “Um Novo Tempo” é o slogan definido pela
coligação.
CRÉDITOS: o texto e a foto usados nesta publicação pertencem ao arquivo do Jornal Correio de Notícias, bem como ao site ligado ao grupo, intitulado JCN1 (acesse: www.jcn1.com.br)